Pessoal!!!
1 – A Quantidade Certa na Taça!
- A taça fica pesada;
- A aparência fica ruim;
- Você vai derramar;
- Vai esquentar rápido;
- Fica difícil desfrutar;
- Você não vai conseguir inclinar a taça e observar a cor , a unha, as lágrimas… Que isso??? Depois outra hora digo o que é cada coisa está bem? Mas só pra saber + ou – , a unha mostra a provável idade e as lágrimas a provável graduação alcoólica;
- Você precisa girar a taça permitindo que libere aromas. Conselho: Taça é de cristal ok? Pois a de cristal possui poros e quando giramos a taça o vinho bate nesses poros e quebra as moléculas que liberam aromas. A de vidro, não é eficiente, é mais pesada, menos delicada… Sugestão: Veja você mesmo. Faça o teste com as duas e o mesmo vinho!
2 – Segurando a Taça:
Xiiiii…. Eu seguro a taça é pelo fundo e com a mão toda para ela não escorregar…
Acho que esse é um dos erros mais comuns de quem vai começar: segurar a taça pelo bojo (ou fundo) e não pela haste. Esse erro é tão famoso que aparece muito nos filmes.
O correto: A taça de vinho tem uma longa haste por uma boa razão. Será mesmo? Quando você segura a taça de vinho pelo fundo, o calor de sua mão aquece o vinho, prejudicando a temperatura correta do mesmo. OK?
3 – Vinho Bom é Vinho Gelado!!!
Nosssaaaaaaa!!!! Eu gosto do vinho é bemmm geladinho =)
Bom… depende do vinho! Para espumante, vinho branco e rosé: sim. Servir em temperaturas menores que os tintos. Geralmente, nos restaurantes esses vinhos vem com um balde de gelo (geral: 7ºC à 12ºC).
Mas nem todos são assim… a grande maioria, os tintos, devem ser apreciados na temperatura correta que varia conforme o estilo/corpo do vinho (geral: 15ºC à 18ºC).
A temperatura é muito importante na hora de servir o vinho, porque o vinho “se abre” permitindo aos componentes aromáticos volatilizar-se e mostrar seus aromas (buquê).
Quando a temperatura de serviço do vinho está alta, o vinho acaba desequilibrando e apresentando defeitos, pois o calor acentua a presença do álcool que mascara seus aromas. Quando a temperatura de serviço está baixa demais, o vinho não “se abre”, não mostra seus aromas e a acidez (se aliada a fruta torna o vinho refrescante e agradável) não se torna tão interessante.
Ai vai o velho e conhecido BOM SENSO: Se no restaurante o tinto está quente de mais… peça para o sommelier um balde de gelo apenas para esfriar o vinho.
No inicio eu achava que deveria ser gelado e que ficaria melhor gelado, mas com o tempo, provando os vinhos na temperatura correta, pude ir percebendo a enorme diferença. Dica: se o vinho tinto, ao mexer a taça, a taça embaçar. Ele está frio demais…
Sugestão: faça uma degustação com o mesmo vinho para diferentes temperaturas: estando muito gelado, na temperatura adequada e um pouco quente. Veja a diferença.
4 – Vinho Bom é Vinho Docinho!
Eu gosto é do docinho, põem mais do suave pra mim!
Se você prefere o vinho docinho ou o famoso vinho suave, é por que você está começando nesse mundo do vinho… Eu, um dia, gostei e bebia desses, hoje, não mais. Você verá com o tempo que a grande quantidade de açúcar enjoa o paladar, não combina com a comida, esses vinhos dão dor de cabeça e etc…
Os rótulos que marcam a vida de muitos: Chapinha, Sangre de Boà, Mioranza entre outros, lembra? Não falo mal desses vinhos, eles são a porta de entrada para o mundo dos vinhos finos. Eles têm o seu papel!
O termo vinho suave é um termo usado no mercado brasileiro. Ele diz respeito aos vinhos de mesa produzido a partir de uvas americanas e que possuem adição de açúcar. Esse açúcar mascara o vinho, sua acidez, seus taninos e seus “defeitos”. Esse tipo de vinho não é um vinho de qualidade.
O suave não é um adjetivo usado para definir um estilo, como docinho… No mercado encontramos secos que são finos feitos a partir de uvas europeias e que não possuem adição extra de açúcar.
Aí que mora o problema: Se você está começando e vai ao mercado escolher um tinto seco que por acaso do destino foi mal escolhido e o vinho é “ruim”… é lógico que você não vai gostar de vinho seco e vai voltar correndo pro suave.
Se você gosta de vinhos mais leves, sem a presença de uma grande estrutura tanica, sem querer perder a qualidade dos vinhos finos, experimente os vinhos secos feitos com uvas Pinot Noir, Cabernet Franc ou Tempranillo.
E não quer dizer que vinho doce é ruim, ok? Tem vinhos de qualidade que são doces, como por exemplo o vinho do porto.
5 – Comprar pelo Rótulo:
Comprei um vinho top! Olha como o rótulo dele é lindoooo. E vai dizer ai quem NUNCA fez isso?
Já dizia o ditado: “Não julgue um livro pela capa e nem o vinho pelo rótulo”. Cuidado com essa estratégia de marketing. O que vale é o conteúdo do vinho. Rótulo feio ou bonito não diz nada. O rótulo apenas deve conter algumas informações básicas para te ajudar na hora da compra. Não é por que o rótulo é bonito que o vinho é bom. Meu melhor vinho tinha um rótulo feio, mas o vinho era um espetáculo. Agora que você entendeu o que eu disse, por favor, não vai sair por ai comprando vinhos “feios”, ok?